quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Encarando as tecnologias....
Uma Breve Reflexão
“Todas as tecnologias que as pessoas produziram em seus laços históricos, são frutos da inventividade humana.”
(Profº Luis C. Z. Dhein)
Durante nossos primeiros anos de vida, vamos aprendendo, tentando, apreender “coisas” já inventadas. Em um processo, chamado educação, começamos a recriar e inventar, o mundo. Em seguida, começamos a aceitar, e a questionar tudo que já havíamos aprendido. Mas, para realmente descobrirmos um novo caminho, temos que nos propor a experimentar e vivenciar.
A informática, entendida como, informação automática, também é fruto desse processo de experimentação e resignificação e caminha lado a lado, com o homem, em sua historicidade inventiva. Pego o exemplo do ábaco, que é uma ferramenta milenar dessa informação automática. Talvez uma das primeiras extensões do corpo e da memória, pois auxiliava nos cálculos, garantindo uma chance muito menor de erro. Historiadores afirmam que já na Antigüidade, os pastores, usavam sacos com pedras, para diminuir a margem de erro na contagem de seu rebanho.
A Inventividade e a criatividade, acompanhadas da imaginação, são grandes parceiras que nos fazem “viajar” no pensamento. São elas que criam um ambiente em que não é necessária uma comprovação cientifica para nos poder fazer refletir sobre possibilidades, situações, relações com o outro e com o mundo. Falando em mundo, é bom tocar em um assunto rapidamente: a tecnologia não muda só nossa maneira de interagir com o mundo, ela também muda (e muito) a nossa maneira de interagir com as outras pessoas, assim mudando nossa maneira de interpretar o mundo. Dada à sua não-neutralidade, as novas tecnologias geralmente causam grandes mudanças na sociedade, nas pessoas, mudando comportamentos, atitudes, necessidades, e isso se percebe em todas as dimensões: comércio, educação, turismo, lazer, etc. Ela pode mudar os rumos de uma sociedade. Dentro dessa perspectiva também podemos dizer que uma nova tecnologia sempre pode vir a ajudar em alguma invenção, onde só faltava aquele recurso, daquela tecnologia. Podemos notar nessa passagem a complexidade que envolve o ser humano e as tecnologias ao longo de toda a sua historicidade.
Imaginemos, certamente Gutenberg ficaria maravilhado com a Internet, que, de certa forma, também colabora para a disseminação do conhecimento. O objetivo de uma invenção antiga, sempre evolui - isso se deve as experiências que o ser humano tem com ela, todos criam uma visão diferente, essa que varia de acordo com seus conhecimentos e suas necessidades, sua realidade e cultura. Podemos aqui então dizer, que o novo não sobrepõe o velho, mas surge a partir dele. A tecnologia desperta a curiosidade do homem, o fascina, algumas vezes pela sua beleza, outras pela sua capacidade de “facilitar a vida”.
Um grande exemplo que podemos ver em nossa história, foi a invenção da pedra afiada que no início, auxiliava o homem na caça e na sua defesa contra os animais. Desenvolvendo habilidades e técnicas, foi percebendo que poderia utilizar essas ferramentas em outras situações, como a própria defesa, o preparo de estacas, etc. Criando, assim, novas utilidades e aplicações, complexificando as técnicas de corte. Outro exemplo clássico é a invenção da roda, essa, gerou grandes mudanças na sociedade. Foi a partir da invenção da roda que o ser humano começou a ter um novo conceito de velocidade. Ela, como diriam os historiadores, fez girar a economia no mundo.
Podemos verificar que se torna de extrema importância o conhecimento da história e da evolução da tecnologia, para que se possa tomar consciência que a inventividade, a imaginação (homo imaginus), a criatividade, a interação e o coletivo são características e necessidades do ser humano.
E na educação, como desfrutamos e encaramos as novas tecnologias?
Profº Luís Carlos. Z. Dhein
Um abraço a todos.
